Ilha da fantasia, mundo real

Geraldo Voltz Laps
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Tenho a impressão que em todas as eleições (em qualquer nível) existe uma figura central: o marqueteiro, aqui representado pelo Senhor Roarke juntamente com seu auxiliar, o pequeno Tattoo, um anãozinho muito simpático, que conta a história de um lugar paradisíaca onde qualquer desejo pode ser realizado, seja ele, o município, estado ou país.

Ele capricha na edição de seus programas, onde resolverá os problemas de saúde, segurança e educação com apenas um caneta, não é mágico??

Vai abrir estradas, construir estradas, hospitais e escolas, vai pagar salários dignos aos seus funcionários e retribuirá em serviços públicos de qualidade os impostos arrecadados.

Vem o dia esperado da posse, festa e chamamento popular aos eleitos, dura realidade para os eleitores, que, infelizmente, vivem no mundo real.

Os ex-mandatários (quando não reeleitos) aprovam medidas em proveito próprio (li que ex- governador aprovou decisão vitalícia de benefícios para ex-mandatários, de cargos de segurança a motorista), e decisões que serão pagas (ou vetadas) pelo eleito.

Acho uma maravilha que todos os políticos (raríssimas exceções) estejam em um mundo à parte que o restante da população, os hospitais estão lotados, as escolas caindo aos pedaços, presídios desumanos como depósito de gente, milhares de homicídios acontecem todos os dias nas ruas e estradas. 

Falando em estradas, acho que os buracos que contem estradas por aí são a maioria neste nosso imenso país.

E de dois em dois anos, a fantasia volta aos nossos espaços diários, sejam nas rádios, televisão e jornais. E com o advento da tecnologia, invadiram também o mundo virtual.

Acho que preferia ver a série da tv norte-americana ABC, lá pelo menos o Sr. Roarke e o Tatoo realizavam as fantasias que nosso mundo real  insiste em desmentir a cada dia.

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