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A poesia sempre foi uma presença forte na minha vida, já que moro em uma rua, cujo nome é um dos expoentes do romantismo brasileiro, inspirado no poeta inglês Lord Byron.
E por isto mesmo, voltando ao Quintana, comprei o livro "A rua dos Cataventos" , quando li este soneto (o XVII), lembrei do meu poeta, de "se eu morresse amanhã".
Da vez primeira em que me assassinaram
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha...
Depois de cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha...
E hoje dos meus cadáveres eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada...
Arde um toco de vela amarelada...
Como o único bem que me ficou.
Vinde, corvos, chacais, ladrões da estrada!
Ah! Desta mão, avaramente adunca,
Ninguém há de arrancar-me a luz sagrada.
Aves da noite! Assas de horror! Voejai!
Que a luz, trêmula e triste como um ai,
A luz do morto não se apaga nunca.
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha...
Depois de cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha...
E hoje dos meus cadáveres eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada...
Arde um toco de vela amarelada...
Como o único bem que me ficou.
Vinde, corvos, chacais, ladrões da estrada!
Ah! Desta mão, avaramente adunca,
Ninguém há de arrancar-me a luz sagrada.
Aves da noite! Assas de horror! Voejai!
Que a luz, trêmula e triste como um ai,
A luz do morto não se apaga nunca.
Geraldo, interessante que este é um tema diferente escrito por ele. Ele devia estar meio depressivo ao escrever isso, mas é excelente, como tudo que ele já fez.
ResponderExcluirbjs