Este domingo marcou os 265 anos da morte do Sepé Tiaraju, um guerreiro indígena que fez história nas estâncias das reduções de São Miguel. Ele foi chefe indígena dos Sete Povos das Missões, se tornou um santo popular e um herói guarani missioneiro.
Veja as três postagens já publicadas neste blog sobre Sepé Tiarajú:
José Roberto de Oliveira, escritor e pesquisador sobre as Missões, está em uma missão, andando pelos lugares que Sepé Tiaraju andava. O indígena circulava pelas estâncias jesuíticas a partir de São Miguel das Missões até o final da redução, ao sul, em 500 km, até o Uruguai, no rio Negro. Ele revela que é uma pesquisa de localização e georeferenciameto de todo o conjunto do que era a instância jesuítica de São Miguel.
Para o pesquisador, este aniversário de morte marca um momento de consciência da comunidade gaúcha com relação ao que foi o processo histórico milenar da presença indígena na macrorregião das Missões. “É fundamental para entender a territorialidade das muitas dezenas de nações indígenas que viveram neste território. Sepé é um elemento fundamental para entender a libertação dos territórios da América, antes de Tiradentes, Bolívar e San Martín. Ele foi o primeiro que faz um ato libertário”.
Ele lembra que Sepé Tiaraju foi um líder nativo para um ato libertário. “Agora, como pesquisadores, nos damos conta de que era algo muito maior. Sua missão foi uma tentativa de formação de uma nova nação, que era a nação missioneira”. Ele entende que foi base fundamental do povo gaúcho, que representa o que hoje existe em relação a costumes e personalidades.
José Roberto, acompanhado de outros pesquisadores, percorre um roteiro dentro da estância São Miguel, compreendendo a grandiosidade da história e visitando locais com detalhes rupestres de índios de milhares de anos. Este trabalho deve resultar em roteiros turísticos que buscam exaltar a histórico jesuítica-guarani.
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