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Grenal contra o preconceito e pela inclusão entra em campo

Não foi combinado, mas a coincidência de iniciativas de Grêmio e Inter reforça uma pauta que ganha, a cada dia, mais relevância no universo do futebol. A dupla Grenal, historicamente rival dentro das quatro linhas, está colocando em campo medidas decisivas para combater o racismo e outros preconceitos e discriminações.

Os dois clubes adotam atitudes que inserem, na ação político-institucional das agremiações, iniciativas que vão de atitudes práticas conjuntas - como abrir o duelo de um Grenal com ato reforçando a campanha #ChegadePreconceito, liderada pelo Observatório de Discriminação Racial no Futebol - a debates, sessões de filmes, propostas de mudança nos estatutos e projetos inéditos em termos de Brasil.

O consenso que se forma na epiderme dos dois times é que é preciso mais rigor na punição, além de educar e fazer a vigilância sobre o comportamento das torcidas organizadas. Também vão começar a surgir condutas para maior apuração de atos de preconceito a partir de iniciativas de federações de futebol e tribunais desportivos.

Para simbolizar esse momento, a tradicional entrada dos times teve um ingrediente inédito no Grenal 422, em 3 de novembro. Crianças e adolescentes que seguiam os jogadores vestindo a camiseta da campanha #ChegadePreconceito eram ligadas a cada clube, o que nunca tinha ocorrido. Na rivalidade histórica, essa representação nunca tinha entrado em campo.

Ou seja, as diferenças, que não têm a ver com o jogo propriamente dito, podem, finalmente, estar sendo deixadas de lado. Mas o campeonato só está começando. 

A cooperação que a Defensoria Pública da União (DPU) está prestes a selar com o Grêmio para implantar um laboratório de práticas antirracistas no futebol atende a um anseio de uma das fomentadoras da iniciativa.

A defensora pública e coordenadora do Grupo de Trabalho de Políticas Etnorraciais da DPU, Rita de Oliveira, destaca que a abertura do Tricolor para firmar o protocolo de intenções, que será o documento a ser assinado no começo de dezembro, é um passo importante para "colocar o debate do racismo dentro de campo e que ele não saia mais".

Rita aposta que as ações poderão ser um marco na forma de encarar essa chaga que se acentua, ou por casos, ou por falta de efetividade de medidas. Um dos apoiadores na iniciativa será o Observatório da Discriminação Racial no Futebol, que tem sede em Porto Alegre e que monitora os casos nos estádios e em canais como as redes sociais.

"A gente enxergou no futebol um espaço para fazer um enfrentamento mais efetivo e para ampliar a comunicação sobre o racismo", diz a defensora.sobre o racismo", diz a defensora.

Fonte: JC

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