Revitalizada a tradicional Ponte de Pedra |
Após três anos de obras, o Largo dos Açorianos, considerado um dos principais cartões-postais do Centro de Porto Alegre, foi inaugurado oficialmente nesta quinta-feira (22).
A Ponte de Pedra, também chamada de "Ponte dos Açores", é um monumento histórico da cidade de Porto Alegre. Está situada no chamado Largo dos Açorianos, que abriga também outro conhecido monumento da cidade, o Monumento aos Açorianos.
História
A ponte de pedra substituiu uma primitiva ponte de madeira erguida quase no mesmo local por volta de 1825. Várias vezes reconstruída em razão dos estragos causados pelas enchentes e pela deterioração natural da madeira, foi fechada ao trânsito em março de 1848, altura em que já estavam quase finalizadas as obras para uma nova ponte, mandada edificar já em 1843, antes do fim da turbulenta Guerra dos Farrapos, pelo Duque de Caxias, então presidente da província.
A nova obra deveria ser mais durável e, por isso, foi construída de alvenaria de pedra. O construtor designado foi João Batista Soares da Silveira e Sousa, que utilizou escravos como mão de obra, num custo de 980 contos. A obra foi aberta ao público em 1848, ainda inacabada, e só foi concluída em 1854. A ponte cruzava um dos braços do arroio Dilúvio, que se bifurcava onde hoje está o Colégio Estadual Protásio Alves, e representava a única ligação entre o Arraial (pequeno vilarejo) do Menino Deus e o Centro Histórico de Porto Alegre.
Em 1937, o arroio começou a ser retificado, e a ponte perdeu a sua função, mas sobreviveu como memória daqueles tempos. Transformada em monumento urbano e testemunha do passado, o monumento de pedra foi tombado pelo município em 1979 e ganhou um espelho d'água sob os seus três pilares em arco. Apesar disso, o nível da água foi estabelecido bastante alto, acima dos seus pilares que usualmente ficavam à vista, de modo que a ponte ficou com o aspecto de estar sob uma condição de enchente. Outro problema da Ponte de Pedra são as ações de vandalismo.
A Ponte de Pedra já foi pintada pelo artista Luís Maristany de Trias (1885-1964), e a tela a óleo se encontra exposta no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS).
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