Este mês, e ainda no corrente e escaldante verão, surge por ora, um vento, que muitas é o refrigero para tanto calor. Vamos falar dos vento do rio Grande??
O vento nada mais é do que o ar em movimento. E os gaúchos conhecem muito bem os ventos que os embalam, seja o insistente nordestão que espanta da beira da praia até o mais persistente dos veranistas, ou o cortante minuano, que no inverno aterroriza os guaipecas de rua.
Aqui no Rio Grande do Sul, os ventos sopram fracos e fortes, ora são gelados ora podem ser até quentes, só dependem do lugar e da época em que acontecem. Fazem parte do nosso dia a dia, tem personalidade e até nome próprio, viraram música famosa como o Vento Negro, composição de José Fogaça, na voz de Kleiton e Kledir, e o Vento Minuano do inesquecível Teixerinha.
Saiba quais são os principais ventos que sopram no Estado
E é aí que chegamos ao nosso ponto alto. Os principais ventos que sopram aqui pelo Rio Grande do Sul!
Vamos começar pelos ventos que sopram no verão, e que como comecei neste texto, podem deixar indignados os veranistas gaúchos e os não gaúchos que por aqui também se instalam. É o famoso nordestão!
Normalmente aparece entre novembro e fevereiro, mas nada impede que sopre em outros tempos também. Às vezes, simplesmente varre a costa gaúcha, de sul a norte, sem trégua por vários dias. É um vento que sopra de norte e leste, portanto nordeste, e por isso a origem do nome. Mas por que acontece? Bem, é uma razão complexa e vamos simplificar: é causada pela diferença de temperatura entre o mar e a terra. Um centro de alta pressão fica mais tempo sobre o mar próximo à costa sul do Brasil, gerando um vento de nordeste, conforme aquela fórmula que diz que os ventos sopram de A para B. Neste caso, nós, o litoral somos o B.
E agora, chegou a vez do minuano. Bom, este é o vento predominante do inverno, mas vale dizer que, muitas vezes, já deu o ar da graça nos outonos e também nas primaveras. Ele vem de sul/oeste, quando as massas de ar polar adentram o continente originadas da Antártida. É um vento que assobia nos ouvidos da gente e que, às vezes, chega até doer ou pode ser cortante como a gurizada da fronteira gosta de dizer.
É um vento seco e frio, gelado até, que vem do Polo Sul, varre os pampas argentinos, passa por nós sem misericórdia – sensação térmica pode ser de temperaturas negativas, e pode chegar até o sul da região Norte, que é quando deixa de ser minuano e passa a se chamar friagem e por lá as temperaturas mínimas podem cair para a casa dos 12ºC a 16ºC, em média. Sorte deles, azar nosso?
Fonte: Katia Valente / Tempo Agora
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