Travessa Venezianos - empreendedores se unem por segurança

Geraldo Voltz Laps
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Conjunto de 17 bens tombados pelo Patrimônio Histórico e Cultural de Porto Alegre, a Travessa Venezianos está localizada próxima à periferia sul do bairro Cidade Baixa, entre as ruas Lopo Gonçalves e Joaquim Nabuco.

Em ambos os lados de uma pequena rua estão 15 casas em fita. A construção da parcela com maior antiguidade data do início do século 20. A arquitetura simples, desprovida de elementos arquitetônicos significativos, revela sua forma de ocupação original, popular, destinada a servir de fonte de renda na forma de aluguéis.

A parcela mais atual data aproximadamente de 1930 e adequou-se perfeitamente àquela existente. Trata-se de um espaço urbano típico de muitas de nossas cidades antigas, de estreitas ruas para onde se abrem portas a janelas de casas de pé-direito alto e platibandas. 

Até a metade do século 19 e fim da Guerra dos Farrapos, esta região da Cidade Baixa era um subúrbio com aspectos de zona rural, à mercê de constantes enchentes provocadas pelo Arroio Dilúvio. Conhecida também como zona de refúgio de escravos, sua evolução se fez a partir da instalação de uma olaria nas imediações. Cronistas da época citam como aspectos pitorescos o carnaval que movimentava as pequenas casas coloridas coladas umas às outras caracterizam a Travessa Venezianos, via tombada pelo Patrimônio Histórico e Cultural da cidade. Mesmo com poucos metros de extensão, ela concentra pizzaria, cafeteria, hamburgueria, pub e outros negócios culinários. 

Cidade Baixa tem características que não podem ser perdidas, segundo a proprietária do Venezianos Pub Café, Clarice, a mais antiga empreendedora da Travessa, tais como a convivência urbana pacífica, o respeito à diversidade e o fato de ser o palco de comemorações. "Quando passa no vestibular, a gurizada vem comemorar nos bares da CB. A comemoração na aprovação do Concurso Público? Na CB. O primeiro encontro? Na CB", cita, justificando que muitas pessoas se sentem seguras e abraçadas pela região.

De acordo com ela, dentro do panorama da segurança, a Travessa permanece preservada pelos moradores e comerciantes locais. "Pelo volume de pessoas que circula por aqui, acredito que os índices que tratam sobre a segurança pública se mantêm abaixo, comparado a outros bairros com fluxo de pessoas semelhante", avalia.

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