A história cremada

Geraldo Voltz Laps
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Incêndio consome Museu Nacional do Rio de Janeiro e destrói acervo de 200 anos - Pior manchete para a semana da pátria que começa agora. Nem vou falar sobre o descaso que o brasileiro trata a sua própria história. O movimento de visitação aos museus é ridícula se for comparar com as visitas aos cinemas com seus filmes "blockbusters", jogos de futebol do campeonato brasileiro série A.

O incêndio não queimou "apenas" história do Brasil, mas também queimou a minha, a sua a história de todos que nunca mais poderão usufruir de seu conteúdo nacional. E fica aqui, a minha solidariedade a todos os museólogos, que tem a dura missão de levar adiante estruturas precárias, que mostram nossa trajetória ao longo do tempo.

A cada estrutura que era queimada era a lágrima de uma história que se perderá para sempre, acaba ali, um registro que não terá mais a sua instantaneidade, não terá seu frescor mostrado.

O acervo do Museu Nacional abrigava mais de 20 milhões de itens de perfil acadêmico e científico, com coleções focadas em paleontologia, antropologia e etnologia.

Nunca mais serão vistos, apreciados, admirados... vamos agora ao seu "enterro" simbólico, quando o rescaldo dos bombeiros mostrarem "apenas" os restos "mortais" de nossa história.

Triste dia para uma semana que seria tão cheio de simbolismos... 

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