Meses do desgosto

Geraldo Voltz Laps
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agosto tem parceria dos outros meses
Ainda pensando que, se esperamos o mês de Agosto para declarar que o mês do desgosto, os meses de Janeiro e Fevereiro estão se candidatando fortemente para se aliar à este triste adjetivo, a falência do sistema prisional traz uma realidade triste : a sociedade falhou, afinal o governo, dentro da democracia é a representação de sua população.

A mesma que indeniza a família do presidiário morto por falta de segurança e meios de garantir sua integridade, é a mesma que não lembra da vítima que levou o detendo para dentro da casa prisional. 

O recado dado pelas facções criminosa aos seus rivais também é claro: somente a barbárie é o meio pelo qual se comunicam, e inertes, autoridades e populações assistem de seus gabinetes e sofás, as cabeças rolando pelas sarjetas e ruas da periferia. Onde nos perdemos que isto é uma volta à barbárie? Os valores foram tão relevados que tudo é resolvido pela truculência e restrição do ir e vir?

Não podemos sair hoje com certeza absoluta que sairemos ilesos.

Estamos atuando em um regime de exceção, vale tudo mesmo? Na outrora província de São Pedro do Rio Grande, as ocorrências não eram tão macabras como nos últimos tempos, onde execuções e decapitações se integram a notícias diárias do cotiano da capital de todos os gaúchos, a mui leal e valorosa cidade de Porto Alegre. 

O que aconteceu com a sociedade? A perda do valor das vidas se irmana na dores no descaso da saúde pública, da educação e segurança, é triste pensar que quando chegamos ilesos aos nossos lares, tem a impressão que sobrevivemos e não vivenciamos mais um dia.

As experiências se multiplicam na vivência e nas ocorrências, que meses de desgosto!!

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