Robson da Silveira/SMS PMPA |
Com o calor e a umidade, crescem os riscos de acidentes com animais peçonhentos, já que o clima favorece a reprodução. No Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre (HPS), foram atendidos 367 casos durante os meses de novembro e dezembro de 2019, uma média de seis atendimentos por dia. Foram registrados vários casos de picada por aranha marrom, presente com frequência, inclusive nas grandes cidades. A picada é indolor e, normalmente, não fica a marca. Os sintomas começam a aparecer depois de seis a doze horas da picada e envolvem área avermelhada, dor e queimação no local, podendo evoluir para necrose da área afetada.
Ao sofrer o acidente com animal peçonhento, as pessoas não devem fazer torniquete no local da picada ou colocar qualquer produto na região. É interessante que a região da picada fique em repouso, dificultando a absorção do veneno. Lave o local com água e sabão e procure atendimento médico. Em acidentes nos braços, mãos, pernas e pés, o melhor é retirar acessórios que possam levar à piora do quadro, como anéis, fitas amarradas e calçados apertados.
Em caso de dúvidas, ligue 192 (Samu) e solicite orientação. O HPS é referência para atendimento em acidentes com animais peçonhentos.
Cuidados:
- - Manter a residência e arredores sempre limpos, já que lixo e entulhos podem servir de abrigo e fonte de alimentação;
- - Afastar e limpar atrás de móveis e quadros;
- - Sacudir as roupas antes de vestir;
- - Verificar o interior dos sapatos antes de calçar;
- - Não deixar roupas penduradas na parede;
- - Manter as camas afastadas da parede;
- - Não mexer em colmeias e vespeiros;
- - Vedar frestas e buracos de paredes, assoalhos, forros e rodapés.
Outras orientações são utilizar telas vedantes ou sacos de areia em portas, janelas e ralos e combater insetos, principalmente baratas, já que são alimentos para escorpiões e aranhas. Quem vive ou trabalha em área rural deve estar sempre com luvas e botas quando entrar em matas e plantações.
De acordo com o Ministério da Saúde, os animais peçonhentos que mais causam acidentes no Brasil são algumas espécies de serpentes, escorpiões, aranhas, lepidópteros (mariposas e suas larvas), himenópteros (abelhas, formigas e vespas), coleópteros (besouros), quilópodes (lacraias), peixes e cnidários (águas-vivas e caravelas). Esses animais possuem presas, ferrões, cerdas, espinhos entre outros, capazes de envenenar as vítimas.
Fonte: PMPA
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