Capital estimula atitudes saudáveis pelo Dia Mundial do Câncer

Geraldo Voltz Laps
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Foto: Joel Vargas/PMPA
Estimular que as pessoas, instituições, empresas, governos e comunidades sejam potenciais vetores de transformação e redução do impacto do câncer no mundo é o mote da campanha Eu Sou e Eu Vou, promovida pela União Internacional de Controle do Câncer (UICC) e Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama). A mobilização é motivada pelo Dia Mundial do Câncer, celebrado na segunda-feira, 4 de fevereiro. Como Cidade-Desafio do City Cancer Challenge (C/Can), Porto Alegre divulga a iniciativa com ações que pretendem estimular a participação do público.

Nas redes sociais da prefeitura e da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), serão divulgados cards com mensagens do tipo “Eu sou porto-alegrense e eu vou apoiar pessoas que enfrentam o câncer” ou “Eu sou porto-alegrense e eu vou fazer mais caminhadas”, além do uso das hashtags #DiaMundialDoCâncer e #EuSouEEuVou. As frases estimulam as pessoas a terem atitudes positivas no dia a dia, como fazer caminhadas, andar de bicicleta, manter os exames de prevenção em dia ou parar de fumar, para que isso possa refletir em uma vida mais saudável. Hospitais e instituições que fazem parte do Comitê Executivo do C/Can na Capital também serão convidados a multiplicar as mensagens nas próprias redes sociais.

Outra iniciativa será a iluminação de locais como a Ponte do Guaíba, a Arena do Grêmio e o Estádio Beira-Rio. Durante o mês de fevereiro, os profissionais de saúde do município receberão material de apoio técnico e para os pacientes sobre câncer e os fatores de risco, na Biblioteca Virtual da Atenção Primária à Saúde (Bvaps). A plataforma reúne documentos, fichas, dados e fluxos de atendimento, integrando esferas de informação em um só lugar. A ideia é facilitar o acesso dos profissionais da atenção primária a materiais e fluxos do dia a dia de trabalho, com agilidade e rapidez.

City Cancer Challenge - Porto Alegre é a capital com maior mortalidade por câncer do Brasil. Como apoio para desenvolver formas de planejar e implementar soluções de tratamento à doença, a capital gaúcha foi selecionada como Cidade-Desafio do City Cancer Challenge (C/Can). Porto Alegre é a primeira na América Latina nomeada como cidade desafio, decisão anunciada durante Assembleia Mundial da Saúde da Organização das Nações Unidas (ONU), em maio de 2018, na cidade de Genebra (Suíça).

De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima-se o registro de cerca de 600 mil novos casos de câncer em 2018 – 54.800 deles só no Rio Grande do Sul. A candidatura da Capital foi resultado do trabalho conjunto entre a Prefeitura de Porto Alegre e a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), com o apoio do Hospital Moinhos de Vento. A primeira etapa do projeto foi concretizada em dezembro de 2018, na qual se formou o Comitê Executivo C/Can, responsável por impulsionar a iniciativa na cidade.

Além de Porto Alegre, as cidades de Kigali (Uganda) e Tbilisi (Georgia) também foram selecionadas para Cidade-Desafio. Cali (Colômbia), Assunção (Paraguai), Kumasi (Ghana) e Yangon (Myanmar) integraram a iniciativa em 2017 como Cidades-Aprendizado, em etapa anterior. As cidades selecionadas para se tornarem Cidades-Desafio assinaram cartas de intenção que delineiam o compromisso de trabalhar juntas com todos os atores relevantes de âmbito urbano no desenho, planejamento e implementação de soluções para o tratamento do câncer.   
  
As Cidades-Desafio selecionadas pela iniciativa C/Can recebem apoio durante dois anos para:

  • Identificar e envolver todas as partes relevantes interessadas no processo C/Can, incluindo governo (local, regional, nacional), sociedade civil, academia, instituições de saúde e profissionais, setor privado;
  • Realizar uma avaliação abrangente na cidade para identificar as atuais lacunas, necessidades e prioridades para o desenvolvimento de soluções sustentáveis de tratamento do câncer;
  • Desenvolver um plano de atividades orçamentado;
  • Dependendo da atividade, identificar canais apropriados para assistência técnica, parcerias/colaboração local e internacional, investimentos pontuais e/ou soluções de financiamento a longo prazo para apoiar a implementação do plano na cidade;
  • Desenvolver uma estrutura para monitorar e avaliar o progresso e o impacto.

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