Conflito indígena marcou período de Duarte Costa |
Política é uma arte totalmente abstrata, que não compramos ali no bar da esquina, muito menos em shopping center e nem em lojas em que os vendedores berram os benefícios de seus produtos.
Mas, o que a maioria desconhece é que ela é de graça e pode ser praticada e consumida por todos, apenas agentes políticos com intenção de valorizar o produto de suas idéias e partidos políticos transformam-na em artigo de difícil entendimento ao vulgo, que, muitas vezes, está mais interessado em encher sua panela de comida, do que com ilusões de campanhas e promessas feitas durantes eleições para cargos públicos.
Muitas vezes insuflados por algum líder carismático, adotam seu discurso e defendem as idéias (dele) com tanto ardor, que esquecem a razão e o senso crítico.
E ficam por aí, pedindo a cabeça (figura de linguagem) de adversários, no Brasil, pelo menos no momento ainda não voltamos ao passado, quando os "culpados" perdiam a cabeça (de fato) e a tinham exposto em praça pública, para delírio dos assistentes.
É só lembramos de Tiradentes, mas a história, aqui nas terras da Província de São Pedro do Rio Grande, é contada pelo historiador Sérgio Costa Franco, em excelente artigo no jornal Zero Hora:
"...Em 1816, dada a criminalidade alta no Rio Grande do Sul, Dom João VI criou a Junta de Justiça, um tribunal criminal, com poder de julgar em última instância, sem recurso. Esse tribunal começou a enforcar gente, a partir de 1820. Levantei 22 enforcados. Depois houve mais, porque a pena de morte existiu no Brasil até a República. Ocorreram dezenas de execuções em Porto Alegre, no Largo da Forca, hoje Praça Brigadeiro Sampaio..."
"...A forca não era permanente. A cada execução era uma briga, porque a Câmara Municipal não queria dar verba para erguer a forca, os juízes reclamavam. Os moradores iam assistir. O troço era um espetáculo. O réu era levado em procissão desde a cadeia até o lugar da execução, o oficial de justiça ia lendo em voz alta a sentença. Só faltava banda de música. Em geral, executavam escravos. Depois do enforcamento, o juiz mandava cortar a cabeça e exibir para o povo..."
Desde a crise institucional que estamos vivendo, tanto governo, como oposição estão pedindo "cabeças" de todos, espero que seja apenas uma metáfora, para achar um culpado.
Talvez vasculhando os "culpados" no passado, cheguemos até Duarte da Costa, segundo governador geral do Brasil Colônia, que segundos registros históricos enfrentou vários problemas na pacificação (escravização) de índios e ainda ter que responder por vários atos ilícitos de seus filho Alvaro Costa.
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