Recorde insólito : RS entre as seis piores prisões do Brasil

Geraldo Voltz Laps
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A Provincia de São Pedro do Rio Grande é pródiga em ter recordes insólitos, senão vejamos tivemos no século XIX, um açougueiro que fazia linguiças de seres humanos, assunto que abordei no artigo Crimes da Rua do Arvoredo , agora temos a publicação (via BBC Brasil ) do Presídio Central de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, como um dos seis piores presídios do Brasil. Já o jornal Zero Hora, publicou em sua edição dominical Como morrem os detentos que cumprem pena nas cadeias do Rio Grande do Sul .

No Presidio Central existem presos algemados dia e noite pelos corredores, tortura, agressões e tráfico de armas e drogas compõem o cenário de caos que fizeram a unidade ser alvo de notificação da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos) em dezembro de 2013.

A diferença em relação a Pedrinhas, afirmaram os analistas, é que em Porto Alegre há um equilíbrio de forças em certa medida estável entre as quatro principais facções criminosas e o Estado. Isso tem impedido pelo menos até agora a deflagração de uma onda generalizada de violência e mortes.

O "Central" de Porto Alegre foi inaugurado em 1959 e, segundo o governo, começou a ficar superlotado na década de 1990 – quando outras unidades prisionais menores começaram a ser desativadas e seus presos enviados à capital.

Atualmente, o presídio tem 2.069 vagas, mas abriga oficialmente 4.415 detentos. A superlotação faz os presos ficarem o tempo todo soltos pelos pavilhões, sem a divisão em celas. Cada área, ou "galeria" é controlada por uma facção.

Ao ingressar no presídio, o detento seria convidado a apontar um grupo criminoso para ser acomodado junto a seus membros.

– As coisas acontecem com sutileza. No Central, houve um acordo entre os presos para dar fim às execuções. Quando eliminam alguém, tentam fazer com que pareça morte natural. O que a gente ouve é que existe um mercado lucrativo nas galerias.

Proceder de maneira ostensiva chama a atenção, e isso não convém para os negócios – explica o promotor Gilmar Bortolotto, da Promotoria de Justiça de Execução Criminal.

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