A partir de 25 de janeiro de 2012, as sacolinhas plásticas, utilizadas para embalar os produtos, deixaram de ser fornecidas gratuitamente nos supermercados da cidade de São Paulo.
É um ponto de partida para vários debates, a favor? contra? Vamos pensar no "mundo ideal": somos uma civilização avançada e ambientalmente correta, utilizamos sacolas plastica para acondicionar materiais reciclaveis e sacolas biodegradaveis para materiais organicos.
Não estamos no mundo ideal? Claro que não, então existem várias "falhas" no processo, a população não faz a adequada separação entre lixo organico e reciclavel, e quando faz, não disponhe de estrutura e tecnologia para o manejo adequado. E agora José? Fica uma dúvida grande.
Fui consultar um especialista em polimeros, ele relatou que, muito provavelmente, este debate (e cobrança) entre sacola plastica e sacola biodegradável, faz parte de uma grande disputa comercial entre gigantes do ramo de polimeros, ou seja uma brasileira, fabricante do material para sacolas plasticas reciclaveis, e uma americana, fabricante de amido de milho (nos EUA) e de mandioca (BR) , matéria prima para as sacolas biodegradáveis.
Ele cita que os preços oscilam entre R$ 0,01 para a sacola plástica reciclavel e R$ 0,03 para a sacola biodegradavel.
Então, nenhuma motivação ecológica (e nem de sustentabilidade) na substituição das sacolinhas plásticas, é negócio e bilionário. E como mariscos, ficamos entre a fúria do mar batendo nas rochas. O final disto já sabemos antecipadamente.
Aproveite para ler outros três artigos sobre o assunto:
10 motivos para você não comprar as novas sacolas recicladas oferecidas pelo supermercados de São Paulo - por Leticia Castro, do blog Babelpontocom
Sacolinhas plásticas: enfim, o começo do fim - por Silvia Rinaldi, do blog Ciência e Consciência
Sacolinhas plásticas: enfim, o começo do fim - por Silvia Rinaldi, do blog Ciência e Consciência
Eliminar a sacolinha é só o primeiro passo, por Marcos Hiller, do Blog do Hiller
Geraldo
ResponderExcluirMuito bom seu texto! Mais um ponto de vista, claro, que vem acrescentar nessa corrente a justificativa de que nao eh mais necessario continuarmos cultivando habitos tao prejudiciais. Com relaçao a discussao sobre os plasticos no geral, acredito que temos de ter uma visao bastante ampliada sobre todo o processo. O proprio processo de industrializaçao e o capitalismo dao o start nessa demanda toda de degradaçao... a meu ver... claro que existem muitos motivos. Se a gente analisar friamente, ate a reciclagem eh um questao a se discutir, pois nao eh pq o material eh reciclavel que ele, apenas por esse motivo, passa a ser o mocinho da historia. Reciclar tambem demanda gasto e utilizaçao de recursos. Obvio que eh um processo maravilhoso de devoluçao de materiais, sem que haja a necessidade de nova extraçao. Enfim, na verdade mesmo, precisamos caminhar para um equilibrio e uma conscientizaçao da populaçao. Ainda temos muito a caminhar. Eh so o começo, mas acredito estarmos no caminho. Um abraço!
Silvia Rinaldi
Meu amigo querido, vc abordou outro ponto fundamental desta questão toda: a reciclagem do lixo doméstico. O bacana é que todos nós estamos atacando a coisa de uma forma completa, vc, Silvia e eu.
ResponderExcluirMuito importante vc ter trazido estes dados para elucidar que a questão tem o viés financeiro como principal motivador.
Beijão e já tô subindo o link lá! ;)
Duas considerações:
ResponderExcluir1º Aqui em Floripa isso ainda não virou regra. Continuam dando as sacolas plásticas, porém vendendo as outras.
2º Quanto ao lixo, aqui é OBRIGATÓRIO separar o orgânico do reciclável.
Não sei como a população da minha cidade vai reagir quando deixarem de fornecer as sacolinhas por aqui. É esperar para ver.
Parabéns pelo artigo!