Água turva no mar

Geraldo Voltz Laps
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Céu limpo, pouco vento, sol a pino, praia lotada. Só falta o mar esverdear para o dia ficar perfeito no Litoral Norte. Quem entra na água, ainda sai manchado com a cor característica das praias gaúchas: o marrom. Mas quem não está nem aí para isso — como o pequeno Júlio, segurado pelo pai Lairto Dupont na foto —, se diverte a valer na orla.

A família Dupont trocou a lavoura e os 30 mil frangos que cria em Carlos Barbosa pela Gringolândia, como Lairto chama Arroio do Sal.

— Aqui é tudo gringo, então a gente se sente em casa — diz.

Dos seis integrantes da família, só o pai de Lairto, Gaspar, ficou a distância segura do chocolatão. Aos 71 anos e agarrado numa máquina fotográfica daquelas de filme ainda — raridade na orla —, ele registrou o deslumbramento dos Dupont com as maravilhas gaúchas.

De vilão, o vento nordeste virou a esperança dos veranistas por dois motivos especiais: primeiro, porque pode trazer para o sul as águas mais cálidas e claras que banham Santa Catarina. E, segundo, porque pode empurrar as águas escuras e frias para a Argentina.

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