Governo federal autoriza estudo para construção de nova ponte sobre o Guaíba
Estrutura pode ser aposentada após completar 50 anos
Seriam duas pistas com duas faixas em cada sentido e com 40 metros de altura a partir do nível da água — altura que o vão móvel atinge hoje quando içado. Como contrapartida, a Concepa negociaria com o governo federal o aumento do prazo de concessão para mais 20 anos — o atual tem encerramento previsto para 2017. Foto: Tadeu Vilani
Cinqüentenária desde ontem, a Ponte do Guaíba pode ser aposentada nos próximos anos. O governo federal analisará a viabilidade de uma nova estrutura para substituir a Travessia Getúlio Vargas. No aniversário do cartão-postal, Zero Hora teve acesso à maquete (reprodução ao lado) de um dos possíveis projetos para o futuro da principal ligação entre Porto Alegre e a metade sul do Estado.
Além dos problemas diários causados pela demora nos içamentos do vão móvel, os investimentos nas estradas federais no Rio Grande do Sul e no porto de Rio Grande e a Copa do Mundo em 2014, para a qual Porto Alegre é candidata, são pontos destacados por aqueles que defendem a urgência de uma nova travessia. A princípio, os estudos do governo federal devem ser iniciados no começo de 2009 e custar R$ 10 milhões.
— O ideal seria que, se os estudos de viabilidade técnica começassem em janeiro ou fevereiro, a ponte estivesse pronta em 2011 ou 2012 — afirma o senador Sérgio Zambiasi (PTB), um dos políticos gaúchos que lidera a reivindicação em Brasília.
Após esse levantamento, haverá duas possibilidades para a execução da nova ponte: a obra pode ser incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) ou o governo federal pode negociar com a Concessionária da Rodovia Osório-Porto Alegre (Concepa) a construção da estrutura. A empresa opera o vão móvel e já tem um projeto para a nova travessia.
Nos planos da concessionária, seria construída uma ponte, orçada em R$ 250 milhões, com cerca de 2,3 quilômetros, da interseção da Rua Dona Teodora com o quilômetro 95 da BR-290, no bairro Navegantes, na Capital (a 1,6 quilômetro do acesso à ponte atual), até o Saco da Alemoa. Seriam duas pistas com duas faixas em cada sentido e com 40 metros de altura a partir do nível da água – altura que o vão móvel atinge hoje quando içado. Como contrapartida, a Concepa negociaria com o governo federal o aumento do prazo de concessão para mais 20 anos – o atual tem encerramento previsto para 2017.
Segundo o diretor-presidente da Concepa, Odenir José Sanches, essa obra seria concluída entre três e quatro anos, antes da Copa do Mundo.
— Há interesse da Concepa, e o ideal para a população é que isso seja feito o quanto antes — ressalta Sanches.
Passam pela ponte 30 mil veículos por dia. Quem usa com freqüência a travessia aguarda com ansiedade a decisão pelo futuro da ponte. Presidente do Movimento Ponte do Guaíba, criado há três anos, Sergio Costa enumera os problemas enfrentados pelos moradores da região com os içamentos – danos em atendimentos médicos de urgência, atrasos no trabalho, insegurança e perdas econômicas para a cidade, que deixaria de atrair empresas pelas dificuldades nesse acesso.
Durante o tempo em que ficam parados, com o vão içado e esperando a passagem de alguma embarcação, os motoristas são vítimas até de assaltos, segundo ele.
Evitar a ponte significa perda de tempo e dinheiro: a alternativa mais próxima de Porto Alegre ao sul do Estado, saindo da BR-116 e passando por municípios como Triunfo, São Jerônimo e Charqueadas, totaliza 125 quilômetros (110 a mais do que pelo vão da ponte).
— Já fizemos vários debates, e a única solução é uma nova ponte. Queremos isso de uma vez por todas — frisa Costa, morador de Eldorado do Sul.
É projeto grandioso, mas vai demorar para sair do papel, pois sempre há a desculpa de falta de verbas.
ResponderExcluirVim retribuir sua visita e por ter decidido seguir meu blog.
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