Vitoriosas fazem caminhada na Capital

Geraldo Voltz Laps
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Mulheres que passaram pelo câncer de mama mostraram ontem que é possível vencer a doença e ter uma vida saudável. Milhares delas pintaram de cor-de-rosa algumas vias de Porto alegre ao realizarem a Caminhada das Vitoriosas, que partiu do Parcão e seguiu até a Redenção. As ações integram a Semana da Luta contra o Câncer de Mama.


"Embora as chances de cura do câncer de mama possam chegar a 95%, o índice de mortalidade pela doença ainda é muito elevado. Precisamos mostrar para nossas mulheres que é possível derrotar a doença, mas para isso é necessário chegar cedo e investir na detecção precoce", explica a presidente do Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (Imama), Maira Caleffi.

Um novo caso de câncer de mama é diagnosticado a cada 29 segundos no mundo, de acordo com a ONG norte-americana Susen G. Komen for the Cure. Mais da metade dos casos ocorre em países em desenvolvimento, como o Brasil. O Rio Grande do Sul é um dos estados brasileiros com o maior número de casos da doença. As estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontavam para 4.880 novos casos da doença para o Estado em 2008.

No dia 29 de abril de 2009, entrou em vigor a Lei 11.664/2008, que garante a prevenção, a detecção, o tratamento e o seguimento dos cânceres de mama e do colo do útero, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). "Trata-se de um avanço e tanto, já que estamos falando de duas neoplasias que têm sido responsáveis pela morte de milhares de mulheres no Brasil a cada ano", ressalta Maira.

A lei garante o acesso à mamografia acima de 40 anos e ao exame citopatológico de colo uterino a todas que já tenham iniciado sua vida sexual. "Infelizmente, no Brasil, metade das mulheres com mais de 50 anos nunca fez mamografia. É por elas e por tantas outras que têm a chance de chegar cedo e optar pela vida que precisamos lutar para que essa lei realmente saia do papel", sublinha Maira.

Fonte: JC/POA

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