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Ano Novo, velhos problemas

Orla Moacyr Scliar amanhece tomada pela sujeira após festa de Ano Novo



Foto: Ricardo Giusti
Muitas garrafas foram deixadas pelos frequentadores do evento

Apesar de a festa de Réveillon de Porto Alegre ter sido aguardada e aproveitada por muitos, também teve quem encontrou a Orla Moacyr Scliar tomada pela sujeira na manhã do dia 1º de janeiro. Muitas garrafas de cerveja e champagne, além de cacos de vidro, foram deixados pelos frequentadores do evento. O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) chegou a fornecer lixeiras extras para evitar que isto ocorresse, mas o problema não foi a falta de locais para despejar o lixo, pois muitas delas foram encontradas praticamente vazias.

Todos os pontos da Orla estavam tomados de lixo. Algumas caixas térmicas de isopor também foram abandonadas no espaço. Além dos espaços próximos do Guaíba, onde há calçamento, toda a extensão do gramado e também a ciclovia estavam poluídas na manhã desta terça. A demora no recolhimento dos banheiros químicos também acabou deixando o trecho com forte cheiro de urina, misturado com resíduos de bebidas alcoólicas das garrafas quebradas. Uma frequentadora que preferiu não se identificar enfatizou que a Prefeitura deveria ter providenciado equipes noturnas para efetuar a limpeza. "Muito triste acordar, sair de casa e encontrar o local neste estado", assinalou.

"Infelizmente as pessoas não sabem curtir uma festa, dá vontade de pedir para que não façam mais se for para ficar assim, que decepção", lamentou a advogada Louana Nascimento, moradora do Centro Histórico e frequentadora Orla. "Estou sempre aqui e depois de ver o espaço nesse estado fiquei desanimada", afirmou. Ela aproveita a região revitalizada para passear diariamente com a companheira canina Meg, mas no primeiro dia de 2019 acabou desistindo do passeio. "Tem muito caco de vidro, está perigoso. Vamos procurar outro lugar", destacou.

Além do espanto sentido por muitos que chegaram à Orla nas primeiras horas da manhã, teve quem arregaçou as mangas, providenciou luvas de proteção e deu uma "ajudinha" do jeito que pôde. Foi o caso do empresário Waldo Dias, proprietário de um bar nas proximidades do espaço. "Trabalhei durante a noite, mas peguei 100 sacos de lixo e vim ajudar a minimizar a bagunça", disse. Conhecido pelos moradores da região, Dias aproveita as horas vagas para cuidar do espaço público e também já plantou mudas na Praça Júlio Mesquita. "É uma área para todos nós, precisamos ajudar a cuidar", reiterou.

Dias ainda afirmou que não sente nenhum tipo de constrangimento por recolher lixo. "Estou aqui para ajudar, enquanto as equipes de limpeza não chegam eu vou acumulando as garrafas e juntando o que posso", disse. Ele iniciou os trabalhos por volta das 7h e, assim que o DMLU e a Atena (empresa de limpeza que presta serviços para a Uber) chegaram ao local, ele juntou a lixeira e a vassoura. "Fiz minha parte", ressaltou.


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