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Arroio dilúvio já foi local de pescaria

O nosso arroio dilúvio é um exemplo prático da má gestão no saneamento público na capital de todos os gaúchos, Porto Alegre.

A cloaca (esgoto a céu aberto|) que estão expostos todos aqueles que vivem no entorno(ou trafegam) na Avenida Ipiranga, encontram um cenário desolador : mau cheiro, local de descarte de tudo que não queremos mais : moveis, geladeiras, fogões e animais mortos, além de cruzamento perigosos, com muitos acidentes e algumas tragédias, sejam elas de mobilidade urbana, como quedas de automóveis e motocicletas no leito (ou talude de contenção) do arroio, ou abrigando várias famílias de moradores sem-teto que procuram proteção embaixo de suas pontes. São 12 km da avenida que tem suas veias abertas para o descaso urbano.

Mas nem sempre foi assim, conforme foto a lado, a reportagem do Almanaque Gaúcho conta as histórias de um arroio vivo e exuberante.  A fotografia ao lado é autoexplicativa. Até 1950, mesmo com as obras da canalização em andamento, as águas do Arroio Dilúvio permitiam a pesca e o banho. O que teria acontecido de lá para cá para que aquele canal se transformasse no que é hoje? Pelo menos três bairros despejam nele todo o seu esgoto cloacal.

O Arroio Dilúvio nasce na Lomba do Pinheiro, junto ao Parque Saint-Hilaire, no município de Viamão. Recebe vários afluentes e vem desaguar no Guaíba. O nome original era Arroio Sabão, a atual designação provém dos alagamentos que costumava provocar nos bairros Menino Deus, Azenha, Santana e Cidade Baixa, durante chuvas mais prolongadas.

A canalização foi pensada no início do século XIX, mas só começou a ser realizada em 1940, na administração do prefeito Loureiro da Silva, com a ajuda do governo federal, através do antigo DNOS (Departamento Nacional de Obras de Saneamento). Os trabalhos prolongaram-se por mais de 20 anos.

A extensão canalizada é de aproximadamente 12 quilômetros. Nesse trecho, existem, hoje, 17 pontes (a primeira, a do Menino Deus, foi construída em 1850) e cinco travessias para pedestres. Antigamente, o riacho desaguava na Ponta da Cadeia, ao lado da Usina do Gasômetro, passando antes, entre outros pontos, por chácaras, pela Ilhota e por baixo da Ponte de Pedra, conservada até hoje perto do Largo dos Açorianos. Só depois da canalização e retificação é que as águas do arroio foram domadas. A obra mudou o traçado do manancial e permitiu a construção das duas pistas da Avenida Ipiranga e a consequente ampliação da área urbana de Porto Alegre.

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