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Classicos da Musica Mundial - Sansão e Dalila - Saint Saens

Camille Saint-Saëns (Paris, 9 de outubro de 1835 – Argel, 16 de dezembro de 1921) foi um compositor, pianista  e organista francês.
 
Biografia

Seu pai morreu quando ele tinha apenas quatro meses de idade, e Camille foi criado pela mãe e por uma tia.

Como havia um piano na casa, aos dois anos e meio de idade o garoto já gostava de brincar com as teclas, e em pouquíssimo tempo já tocava pequenas melodias sem ter sido ensinado por ninguém. Sua mãe e sua tia lhe deram as primeiras lições de teoria musical.

Aos 7 anos de idade já escrevia pequenas peças. Recebeu lições de piano de Camille Stamaty e Alexandre Boëly, e harmonia de Pierre Maleden, e aos 10 anos já conseguia tocar algumas das peças mais difíceis de Mozart e Beethoven.

Apresentou-se em público pela primeira vez na Sala Pleyel de Paris a 6 de maio de 1846, sem ter completado ainda 11 anos de idade. Aos 13, entrou para o Conservatório de Paris, onde estudou órgão com Benoist, contraponto e fuga com Jacques Fromental Halévy.

Para auxiliar a família, tocava órgão na Igreja de St. Merry, e em 1857 obteve o cargo de organista na Igreja da Madeleine, cargo esse que ocuparia por 20 anos. Aos 25 anos já era famoso na Europa inteira como pianista e compositor, tendo escrito três sinfonias, um concerto para violino, um quinteto, peças de música sacra.

Travou amizade com Liszt.

Saint-Saëns conhecia música profundamente, familiarizado com as obras dos grandes compositores europeus antigos e modernos. Possuia uma vasta e sólida cultura em filosofia, ciência e literatura. Em astronomia chegou a alcançar verdadeira autoridade. Escreveu um livro de filosofia, Problèmes et Mystères, versos, uma comédia, e escreveu ele mesmo os libretos de várias de suas óperas.

Saint-Saëns gostava muito de viajar. Movido por impulsos súbitos, fazia excursões repentinas às partes mais distantes do planeta, dava-lhe prazer conhecer lugares exóticos.

Visitou a Espanha, as Canárias, o Ceilão, a Indochina, o Egito, esteve várias vezes na América. Deu concertos no Rio de Janeiro e em São Paulo em 1899, com a colaboração de Luigi Chiafarelli, uma figura de destaque no ambiente musical brasileiro. Visitou também San Francisco na Califórnia.

A morte veio colhê-lo numa cama de hotel em Argel, na Argélia, no dia 16 de dezembro de 1921. Acredito que agora chegou mesmo o meu fim, murmurou, e fechou os olhos para sempre. Já fazia tempo que este homem feliz desejava a morte secretamente.

A obra de Camille Saint-Saëns é imensa: sinfonias, concertos para piano e violino, peças para órgão, música vocal e instrumental, sacra e profana. Entre as peças mais conhecidas deste compositor, podemos citar: o Concerto para violino nº3 em si menor (op. 61), a Danse Macabre, Introdução e Rondò Capriccioso para violino e orquestra (uma peça extremamente brilhante para o violino), o Carnaval dos Animais.


Uma amostra da riqueza de suas composições pode ser admirada nas telas de cinema: no primeiro dos filmes do porquinho Babe, o 4º e último movimento da Sinfonia nº3 "Órgào" serve de fundo para a cena do fazendeiro, que canta uma versão inglesa para a belíssima melodia, chamada "If I Had Words".
 
Saint-Saëns compôs várias óperas, mas somente uma delas é tida pela posteridade como uma obra prima imortal: Samson et Dalila (Sansão e Dalila).

Samson et Dalila ("Sansão  e Dalila" em francês) é uma ópera em três atos do compositor francês  Camille Saint-Saëns, com libreto de Ferdinand Lemaire, baseado nos capítulos 13 a 16 do Livro dos Juízes da Bíblia. Estreou a 2 de dezembro de 1877 no Hoftheater de Weimar, na Alemanha.

Personagens
 
Sansão (guerreiro-chefe dos hebreus)     tenor
Dalila (sacerdotisa dos filisteus)     mezzo-soprano
Sumo Sacerdote de Dagom (O Sumo Sacerdote de Dagom, deus dos filisteus)     barítono
Abimeleque (O sátrapa de Gaza, e condena os hebreus por se negarem a aceitar Dagom como seu deus)     baixo

A história se passa na Palestina em tempos bíblicos.

Sinopse

É a história de um homem que foi forte o suficiente para derrotar os inimigos de Israel, os filisteus, mas não o suficiente para resistir à malícia de uma mulher.
 
Ato I

A história se passa na Palestina entre os anos 1050 a.C. e 1000 a.C..

Uma praça pública em Gaza, junto à entrada do templo de Dagom.

Uma multidão de hebreus, homens e mulheres, choram sua derrota diante dos filisteus, e invocam a piedade do Deus de Israel. Entre eles está Sansão, que assume a liderança e os exorta a não perderem a fé nem a esperança. A princípio, a multidão parece desanimada e descrente, mas pouco a pouco Sansão consegue reacender neles a chama do fervor e da coragem. 
 
Chega Abimelec, que insulta com grande insolência o povo hebreu e seu Deus: "Não vedes que vosso Deus permanece surdo aos vossos gritos? Ele que mostre seu poder, e venha quebrar vossas correias e vos dar a liberdade! Vosso Deus treme diante de Dagoooooo, o maior dos deuses!" Os hebreus cantam um hino de desafio: Israël romps ta chaîne! O peuple, lève-toi! Abimelec se precipita sobre Sansão com a espada na mão para feri-lo; Sansão, num golpe de arte marcial o lança ao chão e, pegando da espada, dá morte a Abimelec ali mesmo. 
 
Reina grande confusão, e os hebreus fogem seguindo Sansão. O Sumo Sacerdote de Dagom sai do templo, acompanhado de guardas e soldados, e se depara com o cadáver de Abimelec. O sacerdote os incita a vingarem aquela morte e a exterminarem da face da terra os filhos de Israel, mas os filisteus são tomados de terror. Soldados filisteus carregam o corpo de Abimelec. Um mensageiro palestino traz a notícia de que os israelitas, liderados por Sansão, causam devastação, terror e morte entre os filisteus. Alguns velhos hebreus reunidos na praça cantam um hino de louvor ao Deus de Israel. Sansão reaparece, acompanhado de alguns hebreus. 
 
As portas do templo de Dagão se abrem e surge Dalila acompanhada de lindas jovens palestinas que levam nas mãos buquês de flores e, com suaves cânticos, saúdam a chegada da primavera. Dalila começa a empregar suas armas de sedução, dirigindo-se a Sansão: Je viens célébrer la victoire, eu venho celebrar a vitória daquele que reina em meu coração. O ato termina com Dalila cantando uma ária com tal poder de sedução que é muito difícil pôr a culpa em Sansão - quem não se deixaria seduzir? - Printemps qui commence. A ária é plena de um lânguido sensualismo oriental, de forma que, ao terminar de ouvi-la, estamos totalmente embriagados.
 
Ato II

O vale de Sorec, na Palestina

Vê-se à esquerda a habitação de Dalila, com um ligeiro pórtico recoberto de verdejantes folhagens e plantas orientais. Sentada sobre uma rocha, deslumbrantemente vestida, Dalila parece pensativa. A orquestra toca uma música sensual, sugerindo odaliscas dançando nuas. Dalila se preocupa: será que Sansão virá? Será que eu vou poder seduzi-lo? Amour, viens aider ma faiblesse. 
 
O Sumo Sacerdote chega para conversar com Dalila. Eles cantam um longo dueto, exprimindo suas preocupações e ansiedades. Ambos estão interessados na destruição de Sansão. O sacerdote oferece a Dalila dinheiro para que ela descubra o segredo da força de Sansão. Ela diz a ele que não se preocupe: seu desejo de vingança já é mais que suficiente. O dueto termina num reverberante pacto de vingança: Unissons-nous tous deux! Mort au chef des hébreux! O sacerdote agora se afasta, para não ser surpreendido por Sansão que já vem chegando. Dalila o cobre de carícias numa ária de resplandecente beleza, Mon coeur s'ouvre à ta voix. 
 
Na conversa com Sansão, porém, ela bate sempre na mesma tecla: "Tu não me amas de verdade, Sansão, porque se tu me amasses, tu me revelarias o segredo da tua força." Quando Sansão nasceu, seus pais fizeram uma promessa ao Deus de Israel: Sansão seria consagrado a Deus, seu cabelo jamais seria cortado. Sansão não pode revelar este segredo a ninguém. 
 
O que começou num terno diálogo de amor termina num discussão violenta: Dalila pede a Sansão que saia de sua presença e não volte mais. Sansão hesita. Voltando-se para Dalila, ele acaba lhe revelando o segredo fatal. Os dois entram na casa. A tempestade, o trovão e o relâmpago açoitam com fúria aquela casa. Assim que Sansão adormece, Dalila abre a janela e acena para uns soldados filisteus que se escondiam na moita. Sansão grita: Trahison!
 
Ato III
 
Cena 1

Uma prisão em Gaza

Cortaram os cabelos de Sansão, o cegaram e acorrentaram. Nós o vemos atado a uma manivela que move a pedra de um moinho. Ouve-se uma música triste, fúnebre, pesada e angustiada. Vois ma misère, hélas! Vois ma détresse! geme Sansão. Lá fora, ouve-se o coro dos hebreus escravizados, que o recriminam sem parar. Na verdade, é a própria consciência de Sansão que o atormenta.
 
Cena 2

Interior do templo de Dagão

No interior do templo, vê-se uma estátua do deus, semelhante a um peixe, e a mesa dos sacrifícios. No meio do santuário, duas colunas de mármore parecem sustentar todo o edifício. Vemos o Sumo Sacerdote de Dagão circundado de príncipes filisteus e Dalila junto com jovens palestinas coroadas de flores e com taças na mão. O templo está cheio de gente. 
 
Cantam um hino em homenagem a Dagão e depois vem o Bacanal, uma peça orquestral muito excitante, um balé em homenagem ao deus dos filisteus. Sansão entra, conduzido por um garoto. 
 
A humilhação de Sansão é o ponto alto do espetáculo; Dalila e o Sumo Sacerdote zombam dele. O sacerdote ordena ao garoto que conduza Sansão para o centro do templo, para que todo o povo possa vê-lo. Apoiando-se nas colunas do templo, Sansão faz uma prece ao Deus de Israel: "Permite-me, Senhor, vingar meus olhos aos filisteus!" Jeová ouve-lhe a prece, e restitui-lhe a força no último momento da sua vida. O templo desaba, matando Sansão, Dalila, e mais filisteus do que Sansão matou em toda a sua vida. (Confiram o clipe logo abaixo)
 


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2 Comentários

  1. Olá Geraldo!

    Uma figura interessantíssima e uma obra de peso.

    Magníficos o José Carreras e Markella Hatziano!

    Abraços
    Luísa

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  2. Grande Geraldo, ótima biografia, apesar de não ser muito ligado, me lembrei do fundo musical do porquinho Babe ... se viu, pelos pra isso serviu, eu assisti ao porquinho Babe .. rsrsrs

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